Apesar de ser uma excelente prática para o tratamento da obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica ainda traz muito temor às pessoas que desejam se submeter ao procedimento. Além das exigências do pré e do pós-cirúrgico, a anestesia também traz muitas preocupações.
Para ajudar você a entender melhor essa etapa cirúrgica, preparei esse texto para explicar tudo sobre o assunto. Então, se tem interesse em fazer a gastroplastia, não deixe de ler esse texto.
O que é a cirurgia bariátrica?
A cirurgia de redução de estômago, como também é chamada, é uma importante aliada no tratamento da obesidade e de outras doenças adquiridas em função do excesso de peso. Contudo, apesar de sua eficácia comprovada, só é recomendada em último caso.
Para que possa se candidatar à cirurgia bariátrica, o paciente precisa cumprir alguns critérios. O primeiro deles é ter o Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 40 ou maior ou igual a 35, para quem já tenha desenvolvido alguma complicação em função da doença.
Em seguida, alguns exames serão realizados para que os resultados demonstrem a necessidade ou não da intervenção. O paciente também precisa estar apto física e psicologicamente para o procedimento.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de técnicas de cirurgia bariátrica, sendo eles a gastroplastia em Y de Roux (GYR), a gastrectomia vertical (GV), a derivação biliopancreática (DBP) e a banda gástrica ajustável.
A consulta antes da anestesia
Antes de realizar a cirurgia e, consequentemente, a aplicação da anestesia, o paciente precisará realizar a consulta pré-anestésica. Nessa consulta, o médico se apresenta e busca conhecer o paciente, a fim de prevenir e corrigir qualquer possível complicação cirúrgica.
Além disso, essa etapa permite que o médico conheça o histórico do paciente, descobrindo se existe alguma alergia, doenças, ou se ele já realizou alguma cirurgia e se já recebeu alguma anestesia anteriormente.
O paciente também pode utilizar esse momento para tirar todas as suas dúvidas quanto ao procedimento e ao pós-operatório.
Como funciona o procedimento?
O momento da aplicação da anestesia pode ser dividido em três fases, a indução anestésica, o trans-operatório e a recuperação pós-anestésica. Entenda mais sobre cada uma delas nas próximas linhas.
Indução anestésica
Essa é a fase inicial, quando o paciente já está no centro cirúrgico e começa a receber os medicamentos antes da cirurgia. O médico irá puncionar uma das veias do braço para conectar os aparelhos que monitoram os parâmetros vitais do indivíduo.
Em seguida, ele irá receber a máscara de oxigênio e uma aplicação de sedativos para que durma. Quando o paciente dormir, o médico irá realizar a entubação orotraqueal, um procedimento que coloca um tubo na traqueia do paciente.
Esse tubo garante que o indivíduo respire. É também nele que aparelhos para a anestesia são conectados e os gases liberados durante a cirurgia.
Trans-operatório
É a fase durante a cirurgia, na qual o paciente está anestesiado. O anestesista responsável irá acompanhar os sinais vitais do indivíduo e mantê-lo hidratado, de modo que se mantenha adequado para a continuação da intervenção cirúrgica.
Também é nessa fase que o paciente recebe o soro. Ele serve para que haja um controle da sua pressão arterial e para manter o bom funcionamento dos rins.
Recuperação pós-anestésica
Essa é a fase na qual o paciente é despertado após o fim da cirurgia. A liberação dos gases é interrompida e o momento da recuperação é iniciado. Não existe um tempo padrão para que o paciente acorde, variando de pessoa para pessoa.
O anestesista, em conjunto com o cirurgião, decide se a recuperação do paciente será na sala de recuperação do centro cirúrgico ou em outro lugar.
A anestesia tem os seus riscos que podem ocorrer ou não, a depender da condição do paciente. Por isso, há aquela exigência de exames pré-operatórios, para evitar que ocorram complicações. Quer saber mais? Clique no banner!