Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os níveis de colesterol estão elevados em quatro a cada dez brasileiros adultos, o que representa cerca de 40% da população. Essa substância pode ser encontrada em dois principais tipos: HDL e LDL.
Quer saber mais sobre eles e entender os riscos que o colesterol alto oferece à sua saúde? Então, recomendamos a leitura deste artigo. Nele, responderemos a qualquer dúvida que você possa ter a respeito do tema.
Antes, o que é esse tal de colesterol?
Por definição, o colesterol é um composto químico do grupo dos álcoois, com textura e aparência de uma cera viscosa. Embora seja tido como o grande vilão da saúde, ele é essencial ao organismo e sua presença não é o problema, mas sim o excesso.
Ainda, essa substância está presente nas membranas celulares, podendo ser encontrada no fígado, onde é produzida em maior parte, no coração, nos intestinos, na pele, no cérebro, nos músculos e até nos nervos. No entanto, todas as células podem sintetizar o colesterol.
Quais as funções que ele desempenha?
O colesterol tem uma atuação importante no organismo, desempenhando papéis essenciais para nossa saúde, desde a infância até o fim da vida. A seguir, conheça algumas dessas funções:
Síntese de vitamina D
A vitamina D é um pré-hormônio produzido pelas células da pele, onde o colesterol converte-se nesta substância em contato com a luz ultravioleta. Essa “vitamina” é muito importante para o organismo, principalmente para a saúde dos ossos.
Produção de hormônios e de sais biliares
O colesterol também atua no processo de formação dos sais biliares, pois é o material inicial para que essa produção ocorra. Assim, contribui, indiretamente, para a digestão das gorduras presentes na alimentação.
Da mesma forma que ocorre com a vitamina D, o colesterol também está presente na produção de três classes de hormônios, inclusive dos hormônios sexuais como a testosterona e a progesterona.
Compor a membrana plasmática
Para separar as células do ambiente ao seu redor sem isolá-las, existe um tecido chamado de membrana plasmática que são formadas por lipídios, carboidratos e proteínas. O colesterol é quem garante a integridade dessa membrana.
Quais são os tipos de colesterol?
Por ser gorduroso, o colesterol não pode dissolver-se em água, o que significa que não é transportado pelo plasma sanguíneo de forma isolada. Para que esse transporte ocorra, formam-se as lipoproteínas plasmáticas.
Essas proteínas conseguem interagir com as gorduras e com meios aquosos. Dessa forma, conectam-se ao colesterol e são capazes de se deslocar pelo organismo. Para isso, originam micelas esféricas que possuem colesterol e lipídeos em seu interior.
Assim, a depender da combinação que exista entre colesterol, lipídios e proteínas, surgem as chamadas lipoproteínas e que podem se apresentar de duas formas, variando na sua densidade: LDL-colesterol e HDL-colesterol.
O que é o LDL-colesterol?
A sigla LDL vem do inglês Low Density Lipoprotein, ou seja, lipoproteína de baixa intensidade. É ela quem carrega as partículas de colesterol do fígado e de outros locais para as nossas artérias.
Isso significa que é o LDL que penetra na circulação sanguínea, causando um acúmulo nos vasos e, com o tempo, pode provocar seu entupimento, impossibilitando a circulação do sangue, formando trombos e levando a um acidente vascular cerebral ou infarto.
Ainda, o LDL está presente nos alimentos de origem animal, principalmente nas gorduras. Por isso, recomenda-se o consumo dos cortes de carne magros, tais como, patinho, músculo, maminha e coxão mole.
Além disso, por ser um fator de risco para doenças graves, é necessário que o nível desse colesterol seja monitorado e que o indivíduo mude o seu estilo de vida, praticando exercícios físicos, evitando frituras, alimentos gordurosos e o consumo de refrigerantes.
E o HDL?
No caso do HDL a sigla, que também vem do inglês, refere-se à High Density Lipoprotein, ou seja, lipoproteína de alta intensidade. Essa molécula desempenha uma função contrária ao LDL e, por isso,é chamada de “colesterol bom”.
Em resumo, o HDL-colesterol faz uma limpeza no organismo, removendo o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo que se acumulem. Por isso, ele precisa estar elevado.
Enquanto as pessoas com níveis elevados de LDL estão mais sujeitas às doenças cardiovasculares, quem possui maiores índices de HDL têm menor probabilidade de desenvolver essas patologias.
Ainda, as principais fontes de HDL são as castanhas, abacate, amendoim, salmão, sardinha, vegetais, alimentos integrais, azeitona, azeite, linhaça, chia e semente de girassol. Da mesma forma, a prática de exercícios físicos também intensifica a presença de colesterol bom no sangue.
Quais são os valores de referência?
Para ser capaz de avaliar se um indivíduo está mais suscetível ou não aos riscos do excesso de colesterol, foram definidos valores que servem como referência. São eles:
- HDL: o valor ideal é acima de 40 mg/dL, mas valores iguais ou superiores a 40 mg/dL já são considerados positivos;
- LDL: o desejado é que esteja abaixo de 130 mg/dL. Porém, fumantes, hipertensos, diabéticos, pessoas acima do peso ou com arritmia têm como referência o valor máximo de 100 mg/dL. Ademais, pessoas que já tiveram um AVC ou que tenham um risco cardiovascular alto, devem manter o nível de LDL abaixo de 50 mg/dL.
Além disso, existem outras taxas que são medidas e, geralmente, solicitadas pelo médico para acompanhamento. No caso do colesterol total, ele deve estar abaixo de 190 mg/dL e os triglicerídes abaixo de 150 mg/dL.
Ainda sobre o LDL-colesterol, por ter o risco associado, ele é classificado em 3 diferentes níveis, cada um com valores de referência distintos:
- Risco baixo: Abaixo de 130mg/dL;
- Risco intermediário: Abaixo de 100mg/dL;
- Risco alto: Abaixo de 70mg/dL
Como reduzir o colesterol alto?
Não tem fórmula mágica. A melhor maneira de equilibrar os níveis de colesterol e reduzir o LDL é melhorar a alimentação, inserindo alimentos saudáveis e naturais, e praticar exercícios físicos regularmente.
Quem sofre com o problema sabe bem que a solução para este mal não está nas pílulas. Mesmo que você siga à risca os horários e as doses dos remédios, sem controlar a alimentação, as taxas de colesterol jamais entrarão nos eixos. Outras medidas para você controlar o colesterol são:
- Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas;
- Controlar o peso corporal, evitando a obesidade e o sobrepeso;
- Reduzir o consumo de açúcares simples e de carboidratos;
- Praticar exercícios físicos com uma frequência de pelo menos 3 a 5 vezes por semana;
- Consumir gorduras poli-insaturadas ricas em ômega-3 (. Elas estão presentes nos peixes, como por exemplo: salmão e sardinha).
Enfim, com a leitura deste artigo, você aprendeu tudo sobre o colesterol, os seus diferentes tipos, os riscos envolvidos e, principalmente, como manter as taxas controladas. Portanto, faça sua parte e o colesterol nunca será um problema para você.
Quer saber mais? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito felizes em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia bariátrica no Rio de Janeiro.